domingo, outubro 31, 2004

A Mulher do Hospital - Parte V

Sairam do cafe. Luis virou um pouco ah esquerda, ao passo que MJoao para a direita. Ficaram assim separadaos por nao mais que 5 metros. Pararam, a ver a cidade acontecer. Luis estava de maos nos bolsos, a apreciar o frio seco que se fazia sentir. MJoao por sua vez estava com uma mao a segurar sua bolsa, e com os dedos da outra a brincar com seus labios. Estavam calados, e ambos a ver quem cedia primeiro e tomava o rumo do outro. Uma estupidez, talvez, mas alimentavam-se destes pequenos "conflitos" e sentiam o cortpo ficar cada vez mais quente. A necessidade olhar o outro era forte.
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Eis que, quando nao aguentavam mais (e nao foi mais de um minuto), voltaram-se ao mesmo tempo. Olharam-se sem falar por uns segundos e Luis esbocoou um sorriso, que fez MJoao arder de desejo. Adorava aquele sorriso, tinha algo de puro e inteligente, entenda-se... Sempre fora uma mu;her que gostara de agarrar a VIDA com forca, contudo, nao entendia aquilo que sentia por Luis. Por ela, tirava a roupa, sentava-se nas escadas e esperava por ele, ja ali.
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Luis por sua vez, esbocoou esse sorriso, quando se apercebeu que agora os papeis estavam trocados. Era ele agora que tinha o controlo da situacao. Consegui aperceber a menira como ela o queria, conseguia ver pela resposta envergonhada (de MJ, imagine-se!...) ao seu sorriso. Cedeu por segundos ah preseuncao e pensou que poderia leva-la para casa agora mesmo. contudo estava consciente da beleza destes momentos, pre-conquista, chamemos-lhe assim. Esta seducao, este clima que se cria, eh algo que nao tem comparacao com nenhum outro momento. Pior? Certamente que nao. Melhor? Nao sabemos, concerteza que eh bom. O momento em que a sensualidade ganha VIDA, ganha forma, quase podemos sentir. Entao cada gesto eh importante e cada palavra fulcral. Tudo tem de ser estudado, com estrategia, como se de uma guerra se tratasse.
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- Entao e a senhora, tem algo em mente para fazer agora? - disse eu. Quis ter a cortesia de perguntar onde queria ir, em vez de sugerir algo.
- Bem, porque nao dancar um pouco?... - neste momento deu-me um ligeiro disparo de adrenalina. Que melhor campo de batalha para jogos de seducao que uma pista de danca?...
- Terei todo o gosto...
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E dirigimo-nos assim para o Vynil. Fomos no seu carro, que estava estacionado mais perto, e porque MJoao insistiu que gostaria de me levar. No leitor de CDs, cantava Joss Stone... Excelente. Contornamos a Praca da Republica, subimos pela rua paralela ao Jardim da Sereia... Em menos de 5 minutos estavamos la, o transito nao abundava.
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Saimos do carro. Trocamos 2 olhares e 1 sorriso e entramos. [continua]

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