sábado, novembro 27, 2004

A Mulher do Hospital - Parte VII

Que pressa tinha, so queria sair dali, leva-la para algum lado, para sua casa, para minha, para o seu carro, nao me interessava, todo eu era desejo, todo eu a queria e queria-a naquele momento. Ela contudo ainda se conseguia controlar (nas atitudes, nao no olhar de mulher em chamas) e caminhava devagar atras de mim, perdia seu tempo ao ir buscar sua bolsa, penteando-se. Necessitando de ar puro, fiz-lhe um sinal e sai. A noite continuava perfeita. Passados alguns segundos ela chega, e sussura-me ao ouvido:
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- Pronto?
- Sim pronto... Voce?...
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Nao responde e caminha em direccao ao carro. Sigo-a, vendo-a caminhar. Pernas altas, cinta balancando ligeiramente, suavidade na maneira e brutalidade no sentimento. Apresso o passo e acerco-me, abracando-a pela cinta. Quando chegamos ao carro da-me a chave para a mao e entra para o lugar do passageiro. Dou a volta ao carro e entro. Apos dar um jeito no espelho e no banco arranco. Nao vou nada devagar, nao quero, sinto que nao tenho tempo. Nao lhe pergunto onde vive, sei-o (sem ela saber que o sei) e limito-me a conduzir. Nao trocamos palavra, nada se pode dizer naquele momento, quando tudo esta tao alto, tao perfeito, que qualquer palavra pode estragar tudo.
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Chegamos. Desligo o carro e saio. MJoao ja me espera ah porta de seu predio. Abre-ma, faco questao que entre primeiro, e dirigimo-nos ao elevador. Aqui a tensao eleva-se, sinto que faz um esforco para nao acelerar sua respiracao e tento nao olhar para si, tentando com que seja mais facil resisitir a agarra-la ja ali. Quando chegamos abre a porta com alguma brusquidao e logo de seguida a porta de seu apartamento. Quase a perco de vista, ate entrar. Curiosamente, o apartamento eh exacatamente o que imaginava: simples e com muito estilo. Quando entro na sala encontro-a sentada no sofa a olhar para mim, com um copo de vinho tinto na mao. Ha um leve e agradavel aroma no ar a incenso que imagino ser habitual, ja que nao tinha tido o tempo de se fazer sentir tao bem. A aparelhagem fazia-nos chegar BBKing, tornando o ambiente ainda mais descontraido.
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Liberto-me da camisa, ficando so com uma TShirt no tronco e caminho vagarosamente em sua direccao. Ela olha-me com os labios ligeiramente abertos, os olhos a chamarem-me e as maos a apertarem um pouco a almofada do sofa. Ajoelho-me, para aproximar meus labios dos seus. Sinto que cada vez respira mais ofegante e sinto tambem meu coracao espalhar energia pelo resto do meu corpo, sinto-me quente, na mente e nos sentidos. Agarro-lhe a nuca com uma mao, aproximando sua boca da minha e acontece o tao desejado... [continua]

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